Longe da popularidade dos
Ciclídeos do Malawi ou tanganika, é muito difícil de se encontrar em lojas
especializadas, mas são muito disputados no mercado internacional.
Apesar de lembrar muito os mbunas
do lago Malawi,as cores não são tão marcantes , as fêmeas são geralmente pardas
e os machos são pintados com uma gama de cores incríveis.
No mercado internacional são
conhecidos por mbipi.
O
lago
O lago Vitória não é uma lago
profundo e seus habitats são bem variados,eles variam de áreas rochosas onde a
vegetação é quase inexistente , a lugares infestados por plantas aquáticas e
ervas daninhas em sua margem.
E até vastos pântanos em suas
margens,no verão as águas do lago são escuras por causa da enorme quantidade de
fitoplancton na água.
Moluscos do
Vitória
Porem o lago Vitória é mais
conhecido pela sua degradação, a introdução da perca do Nilo,o desmatamento e a
contaminação por pesticidas, levaram a extinção de dezenas de espécies, muitas
delas ainda por ainda serem descritas..
A água turva e com baixo oxigênio
se tornou tão turva que dificultou a distinção visual entre as espécies criando
diversos híbridos e distanciando em muito das espécies originais.
Para piorar algumas regiões são
infestadas de aguapés (Eichornia crassipes),isso sufoca mais ainda as águas já
quase sem oxigênio.
Vários zoológicos do mundo têm
participado de programas de conservação e também algumas associações de
aquarismo têm se esmerado na reprodução de algumas espécies ameaçadas e algumas
até extintas na natureza
Vitorians do zoo
de Columbus
As espécies menos ameaçadas são as
que encontramos a venda nas lojas de aquarismo.
Assim como os Ciclídeos do Malawi,
eles preencheram todos os nichos alimentares do lago, alguns se alimentam de
caracóis, outros são predadores de filhotes e outros plâncton.
E alguns são predadores como o
Caçador de Matumbi ,Lipochromis sp.
Em aquário
O lado ruim da comercialização de
Ciclídeos do Vitória e que algumas espécies ainda não foram descritas e são
vendidas apenas com nomes comerciais e isso causa muita confusão e da margem a
venda de híbridos, assim como ocorre com alguns Ciclídeos do Malawi no Brasil.
Em aquário aceitam bem ração
floculada complementada com alimentos vivos, sempre observando que alguns são
assim como os mbunas herbívoros,respeitando o habito alimentar de cada
um..
E raro a espécie que ultrapasse 15
cms sendo em media entre 8 e 10 cms ,porem são tão agressivos quanto os
Malawians.
Podemos manter o pH sempre acima
de 7.8 sendo o ideal 8.2 com ligeiras flutuações,o pH para eles não precisa ser
tão rígido para eles como os Tanganikans devido a sensibilidade dos mesmo a
variação dos parâmetros, os Ciclídeos do Vitória são bem rústicos .
O ideal é que os aquários sejam
mono espécie, devido a dificuldade de se distinguir as fêmeas,e também pela
agressividade dos machos.
O aquário pode ser idêntico ao que
usamos para Mbunas,provido de rochas e um bom espaço, em um aquário de 200
litros abrigamos até 6 animais pequenos , sendo apenas 1 macho por
colônia.
Assim como os Malawians são
incubadores bucais e a reprodução segue o mesmo padrão.
O aquarista médio não terá
dificuldade em reproduzir a maioria dessas espécies .
Infelizmente ainda não temos uma
variedade dessas espécies em nosso país , fica ai a sugestão aos importadores
.
Bibliografia
Seehausen, O.
(1996) - Lake Victoria Rock Cichlids: Taxonomy, Ecology and Distribution.
Verduijn Cichlids, Zevenhuizen (ISBN 90-800181-6-3).
James, N.
(2002) - Lake Victoria Cichlids - Practical Fishkeeping series. Ringpress
Publishing. (ISBN 1-86054-276-X). (Available from the PFK website).
ezstyle 2012
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