A historia dos Tropheus


Os Tropheus já viraram lenda no meio aquaristico, são frágeis, briguentos, ficam doente com facilidade caso não respeitem sua dieta.
Mas apesar do preço muitas vezes absurdo que são praticados em algumas lojas,são peixes fáceis de reproduzir, e são encontrados em enormes quantidades e com grande variedades de coloração, assim como os Pseudotropheus as populações variam de cor de localidade a localidade.
Os Tropheus habitam águas rasas entre 50 centímetros a 1 metro de profundidade, sendo que apenas o Duboise habita águas mais profundas.
O gênero já serviu de alimento para nativos, porem dá muito trabalho para ser capturados, pois vivem próximas as fendas nas rochas e somem dentro delas ao menor sinal de perigo.

Os primeiros exemplares foram exportados para a Alemanha no meio dos anos 70 e um pouco mais adiante para Estados Unidos da América, os primeiros contatos com a espécie foram traumáticos para alguns e houve grandes perdas de animais por amônia ou outros parâmetros de água e também por problemas na alimentação.
O gênero só chegou ao Brasil em meados do ano 2000,alguns comerciantes tiveram experiências traumáticas com o gênero e também muito prejuízo, a primeira espécie a chegar ao país foi o Duboise.


A descoberta O primeiro contato que os cientistas tiveram com o gênero foi no fim do século 17 , com as expedições de J.S. Moore
Durante a expedição de 1895-1896 enquanto coletava peixes na costa sul do lago Tanganika em Kinyamkolo, nas rochas de Mbity na Zâmbia.
Uma espécie nova de peixe foi coletada e era muito diferente dos outros Ciclídeos coletados na região, era marrom com duas manchas amarelas atrás dos opérculos, e também possuía muitos raios nas nadadeiras dorsal e anal.

O peixe foi enviado para George Albert Boulenger do museu de ciência britânico e o coube o mesmo descrever a nova espécie.
O peixe que foi examinado por Boulenger uma fêmea , foi nomeado Tropheus derivado da palavra grega trophos, e em homenagem a quem o descobriu foi nomeado Tropheus moori , moori e a latinização de Moore.
Até esse ponto todos acreditavam que só existia uma única espécie de Tropheus no lago.

Novas descobertas



No ano de 1900 um Tropheus que parecia diferente foi descoberto em Albertville, a nova espécie foi enviada a Boulenger que o nomeou Tropheus annectens.
Porem a descrição de Boulenger deixou duvidas e 1946 Max Poll investigou o mesmo peixe com mais cuidado e chegou à conclusão de que as diferenças entre o que Boulenger tinha chamado um Tropheus moorii e um Tropheus annectens não foram suficientes para separar os dois.
o annectens teve de ficar no mesmo grupo que moorii até obter mais informações sobre as suas diferenças.

Em 1957 foi encontrado pelo cientista J. Dubois uma nova espécie , essa espécie foi encontrada em águas profundas a 12 metros de profundidade e junto a uma população de Tropheus moori cuja a coloração era laranja , a nova espécies possuía uma faixa larga amarela e o focinho coberto de um tom azul metálico e os seus filhotes eram bem diferentes pretos com pintas brancas.
A espécies exibia um comportamento diferente dos mooris , se deslocavam sozinhos ou aos pares ,diferente dos mooris que nadam em cardume.
A nova variante foi enviada para Marlier que ele descreveu e deu-lhe o nome Tropheus duboisi em homenagem a J. Dubois que encontrou a espécie .

Mais Classificações

Nos anos 70 foram exportados em grandes quantidades, em 1975 Nelissen & Thys Van Den Audenaerde encontrou provas suficientes para criar o novo grupo chamado Tropheus brichardi.. Eles foram nomeados Tropheus brichadi em homenagem Pierre Brichard famoso importador de Ciclídeos francês

Em 1977 foi descoberto em Bulu Point ,Tanzânia uma nova espécie essa tinha a nadadeira caudal em forma de lira , que foi nomeado Tropheus polli .

Na seqüência foram descobertos novas espécies que por enquanto estão nomeadas da seguinte forma: sp Black , sp Red, sp Mpimbwe .

Ainda pode ser que essas águas escondam novas variedades ou até novas espécies ,vamos torcer para que o nível de conservação dos lagos do Rift melhore e que quando novas espécies forem encontradas já não estejam em perigo de extinção pela destruição do seu habitat.
Ezstyle 2008
Baseado no original de Fredrik Hagblom

Comentários