PH, GH e KH: o que esse monte “Hs” tem a ver com meu aquário?
Entenda o que são e como funcionam essas medidas na água do aquário
KH ( Dureza em Carbonatos)
Trata-se da medida de íons carbonato (CO3-2 e HCO3-1). Os íons carbonato são responsáveis pelo efeito tampão, devido a sua capacidade de retirar os íons H+ em solução, tornando assim a água menos ácida, ou alcalina. O mais comum dos sais que alterariam o KH seria o Bicarbonato de Sódio (NaHCO3). Outro, também, muito comum é o Carbonato de Cálcio (CaCO3), cuja composição afeta as duas durezas tratadas aqui: KH e GH, como já foi descrito
Para uma melhor explanação da questão, pensemos no KH como sendo uma espécie de “esponja”, que é capaz de absorver toda substância ácida da solução. Sendo assim, o KH acaba evitando que o pH decaia, ou seja, torne-se ácido. Alguns aquaristas denominam essa reserva de sais do KH como “reserva alcalina”. O KH trata-se, portanto, de uma espécie de estabilizador do pH da água, evitando que este tenha variações freqüentes e em grande escala.
Podemos relacionar desta forma que um aquário com KH baixo pode sofrer variações com rapidez, tendendo sempre para o pH ácido, já que toda substância ácida presente na água (como fezes, matéria orgânica) não será neutralizada, e influirá diretamente no pH.
Do mesmo modo, um aquário com um KH alto provavelmente terá um pH elevado, já que toda substância ácida será praticamente anulada, mantendo o pH estável.
Sendo assim, um aquário que possua um KH elevado irá se tornar virtualmente impossível de “acidificar”, visto que qualquer substância (em geral ácidos) visando aumentar o nível de H+ da água será rapidamente neutralizada pelos carbonatos, já que o íon H+ estabelecerá uma ligação com os íons de carbonato, anulando seu efeito no pH.
Por esse motivo, antes de adicionar qualquer acidificante na água do seu aquário, cheque antes o nível do KH (existem inúmeros kits à venda, de execução similar ao teste de GH). Sem essa verificação, você poderá estar apenas perdendo tempo e dinheiro.
Cabe lembrar que a reserva alcalina (nível do KH) é um recurso finito, e irá anular os íons de H+ até certo ponto, quando não mais haverão íons de carbonato dispersos pela água. Se seu pH começar a cair sem explicação aparente, cheque a reserva alcalina e, se necessário, use de artifícios para elevá-la.
Obter um KH baixo:
- Basicamente, deve-se evitar a introdução de íons de carbonato na água.
- Evitar o uso de rochas calcárias e/ou elementos marinhos, que poderão contar sais que, ao serem dissolvidos na água, liberarão íons de carbonato.
- Nas trocas parciais de água, utilização de filtros de osmose reversa, obtendo água livre de carbonatos.
Nota: Lembre-se do fato de que um kH baixo pode acarretar mudanças bruscas no pH da água. Fique atento para uma queda muito grande, que poderá contribuir para uma choque nos seres vivos que habitam o tanque.
Obter um KH alto:
- Uso de sais, como o Carbonato de Cálcio e o Bicarbonato de sódio (caso você não tenha experiência com uso de tais sais, evite seu uso. Eles são indicados apenas na manutenção de parâmetros particulares, e mesmo assim devem ser dosados com rigor).
- Uso de decoração calcária e/ou marinha, que libere íons de carbonato.
- Uso de água com grande presença de carbonatos nas trocas parciais, como água mineral ou poço artesiano.
Nota Final
Como alternativa de mudança nos parâmetros de água, foi citado o uso de sais. Neste mesmo site há a receita dosada de adição desses sais p/ a obtenção dos parâmetros “ideais” (lembrando que esse “ideal” refere-se aos ciclídeos dos lagos do rift).
Se você está se iniciando no hobby, com uma montagem menos exigente e que não necessite de parâmetros extremos da água, recomendo fortemente que você não proceda de grandes alterações na química de seu aquário, principalmente em relação ao GH e ao KH.
Execute alterações nesses parâmetros apenas com uma boa avaliação do caso e suas conseqüências. Aos poucos, se as espécies que você mantiver o exigirem, vá adquirindo maior experiência em relação à manutenção desses parâmetros, até obter a água ideal.
E, sempre ressaltando a máxima: Toda mudança na química da água deve ser feita de modo gradativo!
O objetivo deste pequeno artigo foi tentar esclarecer um pouco sobre a química da água do seu aquário. Com uma boa observação desses fundamentos, creio eu, você com certeza evitará aborrecimentos futuros no hobby.
Boa sorte com seu aquário!
Bruno Galhardi e Johnny Bravo -2004
Melhor se visto em 1024x768
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Entenda o que são e como funcionam essas medidas na água do aquário
KH ( Dureza em Carbonatos)
Trata-se da medida de íons carbonato (CO3-2 e HCO3-1). Os íons carbonato são responsáveis pelo efeito tampão, devido a sua capacidade de retirar os íons H+ em solução, tornando assim a água menos ácida, ou alcalina. O mais comum dos sais que alterariam o KH seria o Bicarbonato de Sódio (NaHCO3). Outro, também, muito comum é o Carbonato de Cálcio (CaCO3), cuja composição afeta as duas durezas tratadas aqui: KH e GH, como já foi descrito
Para uma melhor explanação da questão, pensemos no KH como sendo uma espécie de “esponja”, que é capaz de absorver toda substância ácida da solução. Sendo assim, o KH acaba evitando que o pH decaia, ou seja, torne-se ácido. Alguns aquaristas denominam essa reserva de sais do KH como “reserva alcalina”. O KH trata-se, portanto, de uma espécie de estabilizador do pH da água, evitando que este tenha variações freqüentes e em grande escala.
Podemos relacionar desta forma que um aquário com KH baixo pode sofrer variações com rapidez, tendendo sempre para o pH ácido, já que toda substância ácida presente na água (como fezes, matéria orgânica) não será neutralizada, e influirá diretamente no pH.
Do mesmo modo, um aquário com um KH alto provavelmente terá um pH elevado, já que toda substância ácida será praticamente anulada, mantendo o pH estável.
Sendo assim, um aquário que possua um KH elevado irá se tornar virtualmente impossível de “acidificar”, visto que qualquer substância (em geral ácidos) visando aumentar o nível de H+ da água será rapidamente neutralizada pelos carbonatos, já que o íon H+ estabelecerá uma ligação com os íons de carbonato, anulando seu efeito no pH.
Por esse motivo, antes de adicionar qualquer acidificante na água do seu aquário, cheque antes o nível do KH (existem inúmeros kits à venda, de execução similar ao teste de GH). Sem essa verificação, você poderá estar apenas perdendo tempo e dinheiro.
Cabe lembrar que a reserva alcalina (nível do KH) é um recurso finito, e irá anular os íons de H+ até certo ponto, quando não mais haverão íons de carbonato dispersos pela água. Se seu pH começar a cair sem explicação aparente, cheque a reserva alcalina e, se necessário, use de artifícios para elevá-la.
Obter um KH baixo:
- Basicamente, deve-se evitar a introdução de íons de carbonato na água.
- Evitar o uso de rochas calcárias e/ou elementos marinhos, que poderão contar sais que, ao serem dissolvidos na água, liberarão íons de carbonato.
- Nas trocas parciais de água, utilização de filtros de osmose reversa, obtendo água livre de carbonatos.
Nota: Lembre-se do fato de que um kH baixo pode acarretar mudanças bruscas no pH da água. Fique atento para uma queda muito grande, que poderá contribuir para uma choque nos seres vivos que habitam o tanque.
Obter um KH alto:
- Uso de sais, como o Carbonato de Cálcio e o Bicarbonato de sódio (caso você não tenha experiência com uso de tais sais, evite seu uso. Eles são indicados apenas na manutenção de parâmetros particulares, e mesmo assim devem ser dosados com rigor).
- Uso de decoração calcária e/ou marinha, que libere íons de carbonato.
- Uso de água com grande presença de carbonatos nas trocas parciais, como água mineral ou poço artesiano.
Nota Final
Como alternativa de mudança nos parâmetros de água, foi citado o uso de sais. Neste mesmo site há a receita dosada de adição desses sais p/ a obtenção dos parâmetros “ideais” (lembrando que esse “ideal” refere-se aos ciclídeos dos lagos do rift).
Se você está se iniciando no hobby, com uma montagem menos exigente e que não necessite de parâmetros extremos da água, recomendo fortemente que você não proceda de grandes alterações na química de seu aquário, principalmente em relação ao GH e ao KH.
Execute alterações nesses parâmetros apenas com uma boa avaliação do caso e suas conseqüências. Aos poucos, se as espécies que você mantiver o exigirem, vá adquirindo maior experiência em relação à manutenção desses parâmetros, até obter a água ideal.
E, sempre ressaltando a máxima: Toda mudança na química da água deve ser feita de modo gradativo!
O objetivo deste pequeno artigo foi tentar esclarecer um pouco sobre a química da água do seu aquário. Com uma boa observação desses fundamentos, creio eu, você com certeza evitará aborrecimentos futuros no hobby.
Boa sorte com seu aquário!
Bruno Galhardi e Johnny Bravo -2004
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